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Apresentação do livro vencedor do prémio de Almada

Apresentação do livro vencedor do prémio de Almada
O livro "Zapping sobre as madrugadas idênticas" , da escritora Eugénia de Brito, vencedor do prémio literário “Cidade de Almada” 2010, vai ser apresentado, dia 24 de setembro, pelas 16h, no auditório Pablo Neruda, em Almada.

Além da apresentação da obra será exibido o documentário "Pela Palavra", realizado pelo jornalista André Soares, com selo da produtora "Até ao Fim do Mundo".

Este documentário retrata o festival de poesia internacional (STRUGA), que se realiza anualmente na Macedónia. O filme resulta num momento de poesia que, embora em línguas estranhas, seduz o ouvido, prestando homenagem à palavra oralizada. O jornalista André Soares vai também ler algumas páginas da obra de Eugénia.

"Zapping sobre as madrugadas idênticas" chega às bancas numa edição de autor estando assim, explica a própria escritora Eugénia de Brito, disponível "apenas em livrarias independentes, a cargo de pessoas que realmente gostam de livros e de literatura".

O livro tem vindo a ser apresentado, desde maio deste ano, um pouco por todo o país. A última apresentação foi na Guarda, na sexta-feira passada, no café-concerto do Teatro Municipal onde uma das convidadas principais foi Elsa Fernandes, vereadora da autarquia.

O romance de Eugénia Brito foi escolhido por unanimidade pelo júri do Prémio de Almada, constituído por representantes da Associação Portuguesa de Escritores, Associação Portuguesa dos Críticos Literários e a Câmara Municipal de Almada.


Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011

pela palavra a sala encheu

A Estreia do Filme Pela Palavra, em Struga, na Macedónia

A sala estava cheia. Eram nove e meia da noite e o filme começou a ser projectado. Foi um momento de grande alegria e o culminar de um ano de trabalho. A ideia tinha mais de seis anos, mas só agora consegui devolver a Struga, a poesia que tive nos dias que passei em frente ao lago. Agradecer a toda a gente que contribuiu para que este projecto se concretizasse. Gostamos muito de ver na sala os poetas e as pessoas que participaram no filme. No final os agradecimentos dos amigos e das pessoas de Struga que muito nos honram. Muito obrigado!


 Lubjomir Levcev, Laureado em 2010 e que esteve na estreia.
Vladimir Martinovski, poeta Macedónio que entra no filme e esteve na estreia


Aqui, Ancevski, saudoso director do festival, Vasco Graça Moura, e a grande poetisa cubana Nancy Morejón




estreia

Pela palavra vai estrear daqui a nada. O nervosismo é algum, mas os protagonistas estão a preceito.

notícia

Faltam duas horas para a estreia do filme pela palavra. De manhã a notícia andava nos jornais e  mais logo, esperamos juntar aqueles, que com amor, contribuíram para o filme. O nosso muito obrigado a todos.

a árvore

Vasco Graça Moura não sabia onde se tinha plantado a árvore dele. No ano em que foi laureado, um conflito eclodiu nas ruas da cidade entre a maioria macedónia ortodoxa e a minoria albanesa islâmica. Carros queimados, alguns tiros afastaram a cerimónia de plantação da árvore do poeta português para Skpje, capital do país. Conheceu a sua árvore hoje. Está grande e de boa saúde e traz consigo a marca da palavra poética, em português. Foi bom ver o ar de satisfeito de Graça Moura. Ali fez uma foto.
Hoje, poetas de todo o mundo leram poesias no parque dos poetas, leram e fabricaram emoções que não se explicam. É esta a grande chave deste festival, que este ano, conta com mais de duzentos poetas. A cidade não tem sequer hóteis para tanta gente. Poemas serão ditos e toda a gente poderá conhecer outras linguagens e outras fronteiras debaixo do céu de estrelas de Struga, aqui junto ao lago.



performance poética de Sally's Crabtree's
Vasco Graça Moura com os outros poetas

uma luz

Pela palavra chegamos, em mais um dia, perto, as estrelas. No filme, Struga e o seu festival surgem como uma luz, que ilumina os poetas. Vasco Graça Moura chegou e regressa à cidade que o prestigiou, sete anos depois. A árvore que plantou, no parque dos poetas junto ao rio Drim está de viva saúde como o plantador. Trouxe na bagagem a poesia portuguesa. Nos cumprimentos da praxe, as palavras de circunstância. Também o convite para a estreia. Amanhã o festival começa na ponte que liga margens, intenções, tensões. A ponte que liga as pessoas, que também as desliga, às vezes... 
A luz de Struga continua a fazer da poesia mais bela e mais do que nunca necessária. É a luz de um festival único. Basta para isso, que pela noite se olhe o céu e se sinta, a brisa do lago.

o busto de Gane Todorovski

O tempo é para homenagens.  O Festival de Poesia de Struga começou oficialmente. Com atraso típico e com os últimos acabamentos a serem feitos na casa dos Irmãos Miladinov (poetas fundadores da poesia macedónia contemporânea), lá se deu a cerimónia. Celebrar Gane Todorovski um dos fundadores do festival. Era professor de filologia na Universidade de Skopje e morreu em 2010. Agora, aparece por detrás de um pano em forma de busto. Para ficar ali, junto dos irmãos, que com o poema Tag za Yug (Saudades do Sul) reclamam os astros para cinco dias na cidade da poesia. 
Na cerimónia, estava também Mateja Matevski, o laureado deste ano, com a coroa de ouro do festival. Foi um dos colegas de Gane e são responsáveis pelo sucesso e encanto deste festival. Deram-lhe nome, reputação e muito amor. São uma geração virada para o mundo, que entendeu que a palavra poética é actual, fala das coisas que nos rodeiam. Criaram fórmulas novas e abriram a Macedónia ao mundo, através da poesia, sem excluir ninguém. São estes autores que fizeram de Struga uma potência mundial da poesia, como refere no nosso filme Jordan Plevnes, director da cinemateca de Skopje. 
Ás vezes os poetas podem mudar o mundo. 







 

a banhos com a poesia

O filme pela palavra aproxima-se da estreia. Entretanto, chegamos a Struga. São três horas de caminho por uma paisagem avassaladora, cheia de árvores e montanhas. Parece que Struga vai surgir por detrás das próximas, que estão ali, no horizonte. Mas não. Vem mais curva e contra-curva por um vale sinuoso. Chegamos à cidade da Poesia.  Aqui está tudo ao sol e as coisas acontecem com a languidez do lago aqui em frente. Os poetas já estão a chegar e na bagagem trazem livros, cheios de palavras, de sons. Nestes quatro dias vão ser partilhados com os habitantes e os visitantes da cidade. Na minha mala trouxe um filme que fala de tudo isto. Desta magia, que acontece aqui nestes dias últimos de Agosto. Virão poetas de todo o mundo. São cinquenta anos  e este aniversário. Antes de apagar as velas, um mergulho no lago a 900 metros de altitude. À poesia!


 

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